Partida não teve divisão entre torcidas nos setores do estádio e foi marcada por confusão generalizada
Rio - O clássico entre Brasil e Argentina, na noite desta terça-feira (21), no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio, terminou com a prisão de oito pessoas e uma mulher detida por ataques racistas. Torcedores das duas seleções protagonizaram uma pancadaria generalizada antes do início da partida pela 6ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Por conta da confusão, o jogo começou aproximadamente 30 minutos depois do horário programado.
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De acordo com a Polícia Militar, não havia divisão entre torcedores nos setores do Maracanã, por conta da venda de ingressos sem distinção entre as torcidas, definida pela organização do evento. A briga começou durante a execução do hino nacional da Argentina e causou pânico no Setor Sul do estádio. Na confusão, algumas pessoas foram esmagadas nas paredes de divisão e outras precisaram pular para o gramado em uma tentativa de fuga.
Segundo relatos, a pancadaria aconteceu depois que brasileiros vaiaram o hino argentino e os visitantes reagiram. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver PMs usando cassetetes contra os torcedores para conter o tumulto. Algumas imagens mostram um homem com o rosto ensanguentado recebendo atendimento e uma mulher sendo retirada do local da confusão em uma cadeira de rodas, após passar mal, além de adultos tentando deixar o estádio com crianças chorando.
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A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) informou que o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, recebeu dois torcedores com ferimentos leves. As vítimas foram avaliadas pela equipe médica e liberadas em seguida. Em nota, a PM disse que o Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE) atuou na confusão e conduziu oito pessoas envolvidas ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). Além deles, uma torcedora da Argentina foi detida, acusada de ofender um funcionário do Maracanã com insultos racistas e também levada ao Jecrim.
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"Os agentes do BEPE atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular, de acordo com protocolos estabelecidos pela organização da competição", afirmou a corporação.
Os jogadores da seleção argentina chegaram a ir até o local da confusão, junto com Marquinhos, capitão do Brasil, para tentar dialogar e acalmar os ânimos dos torcedores. No entanto, após verem a ação da Polícia Militar para conter o avanço dos argentinos, os atletas tentaram subir na arquibancada para apaziguar a briga. Depois da pancadaria generalizada, eles desceram para o vestiário, enquanto os brasileiros seguiram no estádio aguardando uma posição sobre o início da partida, que só teve início 28 minutos depois do horário programado, às 21h58.
fonte O DIA
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