Jornalismo
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu nesta quinta-feira feira que abrirá 500 novos leitos para tratar pacientes com Covid-19 nos hospitais federais do Rio. No entanto, ele não especificou se os leitos serão de enfermaria ou UTI, nem em quais unidades serão instalados.
O ministro saiu da reunião às pressas e sem falar com a imprensa. Mais cedo, na agenda em São Paulo, Queiroga foi recebido sob protestos de estudantes de Medicina da USP. O ministro ouviu gritos de "vacina sim, cloroquina não", "vacina, pão, saúde e educação" e "Bolsonaro genocida". Ele visitou o Incor, o HC e a Faculdade de Medicina da universidade.
A promessa de abertura de leitos ocorreu numa reunião nesta tarde na superintendência do Ministério da Saúde no Rio.
Queiroga se reuniu com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o superintendente estadual do ministério da Saúde no Rio de Janeiro, George da Silva Divério, e o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves. Após a saída de Chaves, sindicalistas da área da saúde, que protestavam na porta do prédio, subiram para conversar com o ministro. Foi a eles que Queiroga comunicou a abertura dos leitos.
Participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Alexandre Telles, a presidente do sindicato dos Enfermeiros, Monica Armada, e a membro do SintSaúdeRJ, Tatiana Martins, sindicato que representa os demais profissionais que trabalham em hospitais, como os funcionários administrativos. No protesto, estavam também membros do sindicato dos Fisioterapeutas e dos Técnicos de Enfermagem.
O novo ministro da Saúde prometeu também que os hospitais federais não serão estadualizados. A abertura dos novos leitos será toda realizada pelo governo federal.
Queiroga afirmou que vacinará todos os servidores federais da saúde com a próxima remessa do imunizante. Segundo Armada, presidente do sindicato dos Enfermeiros do Rio (Sindenfrj), apenas 30% dos funcionários dos hospitais federais estão receberam a vacina.
Outra promessa de Queiroga é de chamar todos os mais de 4 mil profissionais de saúde que foram aprovados em um concurso público para atuar na rede federal. Os sindicalistas afirmam que esses profissionais são essenciais para colocar os novos 500 leitos em funcionamento.
Uma reunião entre os sindicatos e o superintendente estadual do ministério da Saúde no Rio de Janeiro, George da Silva Divério, foi marcada para a semana que vem. Além de discutirem a convocação dos novos profissionais, o grupo pedirá a recontratação de 3 mil profissionais temporários que atuaram na linha de frente no combate ao coronavírus ano passado nos hospitais federais e foram desligados no fim de 2020.
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